Desenvolver a inteligência emocional tornou-se um fator determinante para alcançar realizações pessoais e conquistar o sucesso. Anos de experiência e estudo na área me fez perceber cada dia mais a importância dessa habilidade para o sucesso no ambiente de trabalho e na vida. Hoje, a inteligência emocional é reconhecida como uma soft skill essencial no mundo profissional, desempenhando um papel crucial não apenas na carreira, mas também na promoção de uma vida mais equilibrada e saudável, tanto física quanto mentalmente.

Questões financeiras, conflitos familiares, preocupações com a saúde, entre outros fatores, podem alterar significativamente a maneira como respondemos a estímulos externos. No entanto, esses eventos não devem ditar como conduzimos nossa existência. Assim, a necessidade de abordarmos de forma lógica essas situações que nos afastam do equilíbrio emocional se torna evidente.

Antes de seguir, é importante definir o que entendo por inteligência emocional. Conforme descrito por Daniel Goleman no livro Inteligência Emocional, de 1995, essa competência envolve a capacidade de perceber, compreender e controlar nossas próprias emoções, bem como as dos outros ao nosso redor. Goleman é conhecido por difundir o conceito da IE, embora a primeira menção tenha sido feita pelo psicólogo Hanskare Leuner em um artigo de 1966.

Há anos, quando iniciei minha jornada em IE, minhas próprias limitações pessoais e profissionais se tornaram evidentes quando entrava em situações de estresse e pressão no ambiente de trabalho. A ansiedade e frustração, muitas vezes, prejudicaram meu desempenho e até as interações com os colegas de trabalho. Foi então que notei que seria necessário desenvolver e trabalhar mais a minha própria inteligência emocional, pois só assim conseguiria avançar profissional e pessoalmente. E foi assim que comecei a me especializar nessa área que sou apaixonado, com foco em inteligência emocional para vendedores.

Mas, como desenvolver e entender a própria inteligência emocional? Confira algumas perguntas para responder abaixo.

Responda essas perguntas para entender como anda a sua inteligência emocional

Da mesma forma que existem avaliações para medir o QI ou para desvendar nosso temperamento, há vários métodos para explorar a própria inteligência emocional. Neste artigo, optei por apresentar o modelo desenvolvido por Daniel Goleman, que pode servir como um instrumento para você ponderar sobre suas habilidades e limitações.

Vale ressaltar: isto não se trata de um teste propriamente dito, mas de um meio para ponderar e analisar suas competências emocionais. Confira: 

  1. Você costuma estar consciente de seus sentimentos? E por que se sente assim?
  2. Você está consciente de suas limitações, bem como de suas forças pessoais, como um líder?
  3. Você consegue lidar bem com suas emoções negativas – por exemplo, recuperar-se rapidamente quando fica contrariado ou tenso?
  4. Você consegue se adaptar facilmente à realidade diante de mudanças?
  5. Você mantém o foco em seus objetivos principais e conhece os passos necessários para chegar lá?
  6. Você, normalmente, consegue perceber os sentimentos das pessoas com as quais interage e entende suas formas de ver as coisas?
  7. Você possui um dom para persuasão e para usar sua influência com eficácia?
  8. Você consegue conduzir uma negociação a um acordo satisfatório e ajuda a dirimir conflitos?
  9. Você trabalha bem em equipe ou prefere trabalhar sozinho?

A inteligência emocional não pode ser uma demanda que você passa para outra pessoa. Trata-se de um processo intrínseco, exigindo que você mergulhe no autoconhecimento para efetivamente desenvolvê-la. E eu só consegui chegar nesse nível com a autorreflexão, mas foi preciso investir tempo e estar aberto para ouvir feedbacks.

Como trabalhar a inteligência emocional?

Como falei ao longo deste artigo, o processo para entender e compreender a inteligência emocional é de autoconhecimento. Pode parecer difícil, complicado ou um caminho escuro, sem saber por onde começar, mas aqui vão algumas formas que podem te ajudar:

1. Conheça seus sentimentos

Posso parecer repetitivo, mas vale reforçar que entender o que você sente e explorar o próprio ‘eu’ é o ponto de partida para começar este processo. Quando entendi que o autoconhecimento seria o pontapé inicial, passei a compreender as minhas emoções, identificar gatilhos específicos e os sentimentos em torno de tudo isso.

Realizar essa ‘autoanálise’ tornou mais fácil entender alguns padrões que repetia e eram prejudiciais para o meu dia a dia — muitas vezes eram comportamentos que passavam despercebidos por mim.

2. Respeite (e entenda) os seus limites

Reconhecer os próprios limites pode parecer difícil ou até enquadrado como egoísmo, mas é necessário. Respeitar a si é o que vai te ajudar a estabelecer prioridades e cuidar do seu bem-estar, além de conseguir evitar algumas frustrações e sentimentos negativos.

Pode perceber que quando negligenciamos os nossos próprios limites acabamos nos frustrando mais, e os sentimentos negativos como a culpa e arrependimento também surgem.

3. Saiba receber críticas

Por fim, uma das dicas que mais considero valiosa para esse processo é aprender a receber críticas. Evoluir está ligado a corrigir erros ou melhorar alguns pontos; por isso, é importante estar com a mente aberta para receber feedbacks de colegas e líderes, mas sempre enxergando como oportunidade de crescimento profissional.

Por isso, lembre-se de não levar as críticas para o lado pessoal, é o que eu prezo por aqui. Reconheço que essa troca é indispensável para me desenvolver profissionalmente e tenho tentado aplicar com outros colegas e funcionários também, prezando pela melhoria do todo.

Quer ir além e continuar a desenvolver sua inteligência emocional? Veja o vídeo abaixo em que recomendo alguns livros.

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